
Abril Azul: Lei de Marçal Filho garante identificação de autista no RG
Abril é o mês marcado pela cor azul que aborda o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e uma lei de autoria do...
Para além de políticas públicas e adaptações estruturais, a conscientização social é um passo fundamental para garantir que crianças autistas e suas famílias tenham acesso pleno aos direitos
A inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) não se limita a leis no papel ou campanhas pontuais. Ela depende também de atitudes cotidianas que promovem respeito, acolhimento e pertencimento. Por isso, para além de políticas públicas e adaptações estruturais, a conscientização social é um passo fundamental para garantir que pessoas autistas e suas famílias tenham acesso pleno a seus direitos e vivam com dignidade.
A CRESCER listou, com ajuda da advogada Bruna Muniz, especialista em direitos de pessoas com TEA, sete atitudes que fazem diferença na vida de pessoas com TEA e seus familiares, que podem ser adotadas por qualquer cidadão, empresa ou instituição.
O primeiro passo para promover a inclusão é conhecer o que significa o espectro autista. Cada pessoa com TEA tem características únicas, e compreender isso ajuda a evitar julgamentos e a oferecer o suporte correto. “As pessoas precisam aprender mais sobre as características dos autistas, entender que o que não é feito por eles não é por birra, mas sim por limitações sensoriais e neurológicas”, explica a advogada.
Ceder o lugar no transporte público, respeitar o uso preferencial de filas e vagas especiais ou simplesmente não encarar com estranhamento uma criança em crise em local público são gestos importantes. “Evitar os olhares de julgamento faz muita diferença, pois as famílias ficam muito chateadas. Não se deve questionar a prioridade: o autismo não tem cara”, lembra Bruna.
Compartilhar informações sobre direitos, indicar serviços, defender colegas de trabalho ou amigos que estejam enfrentando barreiras são atitudes que ajudam a construir uma sociedade mais acolhedora. “É importante informar os direitos que se conhece e incentivar essas pessoas a procurarem ajuda. E também levar esse conhecimento a famílias que não são atípicas, para que incluam e compreendam as famílias atípicas”, afirma a advogada.
A falta de preparo de profissionais da educação, saúde e atendimento ao público é uma das principais barreiras enfrentadas por pessoas com TEA e suas famílias. “A ausência de profissionais que entendem sobre o autismo causam diversos problemas para as famílias, como, por exemplo, o acesso básico aos direitos, pois uma criança sem um laudo, não consegue solicitar o tratamento", detalha.
Segundo a advogada, a falta de capacitação dos profissionais ainda é responsável por atrasos irreversíveis no desenvolvimento, "se uma terapia é aplicada de forma errada, ela não vai alcançar o objetivo e a evolução do paciente, tendo em vista a diminuição da neuroplasticidade.
Nos últimos anos, o Brasil teve avanços, como a criação da Carteira de Identificação da Pessoa com TEA (CIP TEA) e a dispensa da atualização constante do laudo médico. No entanto, ainda há muito a ser feito. “Falta treinamento nos órgãos públicos e o prejuízo para as famílias é grande, pois recebem informações erradas e têm solicitações recusadas. Precisamos urgentemente de políticas que auxiliem as mães a cuidarem de seus filhos com dignidade”, destaca Bruna.
Mesmo quando existe uma decisão judicial garantindo um direito, nem sempre ela é cumprida – algo que muitas vezes passa impune. “Infelizmente o Judiciário não costuma ser eficiente nesse ponto. Quando pagar a multa é mais barato que garantir o direito, as instituições preferem descumprir a lei. Isso dificulta o acesso a tratamentos, escolas inclusivas e outras garantias essenciais”, explica a advogada.
Empresas ainda estão longe de oferecer ambientes verdadeiramente inclusivos para pessoas autistas e suas famílias, segundo a advogada. “São poucos os lugares com profissionais treinados para lidar com crises, que fornecem abafadores de barulho ou salas de descompressão. Espera-se que a pessoa se adapte ao ambiente, quando o ideal seria o contrário”, diz Bruna.
A especialista ressalta que pequenas adaptações (tanto para mães e pais atípicos quanto para pessoas com TEA) já fazem diferença, como entender os gatilhos sensoriais de cada espaço e buscar alternativas que ofereçam mais conforto.
Abril é o mês marcado pela cor azul que aborda o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e uma lei de autoria do...
A Prefeitura de Dourados, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, inicia no próximo dia 15 de abril, a vaci...
A 7ª edição da Feira do Panamá, que celebra a Páscoa e o mês dos Povos Originários, terá uma participação dife...
O café, companheiro inseparável de milhões de brasileiros, está pesando cada vez mais no bolso. De acordo com...
Em preparação para a 1ª Festa da Páscoa de Dourados, que acontecerá de 17 a 20 de abril no Parque Antenor Mart...
Uma solenidade na manhã desta sexta-feira (11) na 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, Brigada Guaicurus, em Do...
Em Mato Grosso do Sul, o ato de declarar o Imposto de Renda pode ir muito além de uma obrigação anual — pode s...