Família faz apelo por DOADOR de medula óssea
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Período do inverno faz derrubar o número de doações de sangue no Estado e campanha como o Junho Vermelho alerta sobre a importância da doação
Um mês, uma cor e uma questão ligada à saúde em destaque. O "Junho vermelho", para lembrar a população da importância da doação de sangue, foi reforçada na sessão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul nesta terça-feira (04), pelo deputado Marçal Filho (PSDB). A chegada do frio faz despencar para até 70% o número de doações no Estado. "Convoco principalmente todas aquelas pessoas que ainda não doaram sangue a comparecer no hemocentro de sua cidade ou nas ações itinerantes dos municípios do interior que não possuem o hemocentro", disse o deputado.
Dados do Ministério da Saúde mostram que, atualmente, 1,8% da população brasileira doa sangue – o que significa um índice de 16 doadores para cada grupo de mil habitantes. Embora o percentual de doadores esteja dentro do parâmetro da Organização Mundial de Saúde (OMS), é preciso que mais pessoas se cadastrem como doadoras.
Para sensibilizar a população sobre a importância do ato de doar sangue, a Hemorrede de Mato Grosso do Sul, conjunto de Serviços de Hemoterapia e Hematologia, realiza a campanha Junho Vermelho durante todo este mês, devido à baixa procura por doações neste período. A situação só não fica delicada por causa de campanhas realizadas com instituições e empresas, uma verdadeira busca de doadores em Campo Grande e no interior do Estado.
Ao ocupar a tribuna na Assembleia, Marçal Filho destacou que Mato Grosso do Sul conta com quase 274 mil pessoas cadastradas como doadores de sangue, no entanto, apenas metade (137 mil) faz doações regularmente, ou seja, pelo menos duas vezes ao ano - o homem pode doar até 4 vezes por ano e a mulher até 3 vezes. A quantidade de doadores do Estado representa 2,3% da população sul-mato-grossense.
A Organização Mundial de Saúde recomenda que o necessário seria que entre 3 a 5% da população de um Estado seja doadora, para evitar desfalque de bolsas de sangue, ainda assim, mesmo estando abaixo desse índice, Mato Grosso do Sul chega a estar em uma situação confortável perto da média nacional, de 1,8%. "Nem por isso temos que deixar de fazer campanhas e devemos cada vez mais incentivar as pessoas a doarem sangue, um ato de amor e de solidariedade que salva inúmeras vidas", destacou o deputado, que fez a sua primeira doação de sangue na semana passada e desafiou os demais parlamentares a procurar o hemocentro.
Como forma de manter os estoques em dia, campanhas serão intensificadas neste mês em todo o Estado. As doações podem ser feitas no Hemosul de Ponta Porã, Dourados, Paranaíba e em Campo Grande em duas unidades: Hospital Regional e Hemosul Coordenador, na Avenida Fernando Côrrea da Costa, 1.304, centro.
Quem pode doar
Os doadores precisam ter entre 16 e 69 anos. Para quem tem 16 e 17 anos, é preciso estar acompanhado de pai, mãe ou responsável legal. Acima dos 18 basta apresentar documento com foto. Embora a lei permita a doação de pessoas abaixo de 50 Kg, a Rede Hemosul-MS aceita apenas doadores com 55 kg ou mais, para a melhor utilização do sangue coletado e segurança do doador.
Algumas doenças impedem a doação: hematológicas, cardíacas, renais, pulmonares, hepáticas, autoimunes, diabetes, hipertireoidismo, hanseníase, tuberculose, câncer, sangramentos anormais, convulsões, ou portadores de doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue como Doença de Chagas, Hepatite, AIDS, Sífilis. Se estiver com gripe ou alergia, a pessoa deve esperar sete dias após sarar para doar sangue.
Alguns medicamentos impedem a doação. Portanto é necessário comunicar ao profissional de saúde na hora de entrevista, para doação, os remédios sendo utilizados. As vacinas também impedem temporariamente a doação. E na hora que forma doar, é necessário que a pessoa esteja bem alimentada.
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