Délia e Reinaldo assinam autorização de obras para Dourados
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Vereadora denuncia obras paralisadas que tem causado ferimentos em alunos, além de superlotação e falta de acessibilidade. Secretário de Educação foi convocado pela Câmara
A vereadora Daniela Hall (PSD) está denunciando a precariedade nas escolas públicas municipais de Dourados. A parlamentar tem percorrido 27 unidades educacionais entre escolas e centros de educação infantil em pente-fino que está realizando junto com a equipe de trabalho. Em relatório, que será entregue ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao Ministério Público Estadual, a vereadora denuncia situações, que inclusive colocam em risco a vida de estudantes. São obras paradas, falta de manutenção nas unidades como pinturas, rachaduras, vidros de janelas quebrados, fiação elétrica exposta, infiltrações, banheiros entupidos, superlotação em salas de escolas da Reserva Indígena, falta de acessibilidade, entre outros que prejudicam a educação de qualidade.
A situação mais grave encontrada foi na Reserva Indígena. Nas escolas Araporã e Agostinho, na reserva indígena de Dourados, duas obras paralisadas de quadras cobertas tem sido "armadilhas" para os estudantes. As construções começaram em 2016 e não tiveram continuidade. No local, o cenário é preocupante porque há pontas de vergalhão (barra de aço utilizada na construção civil para reforçar estruturas de concreto) expostas, que tem ferido alunos. "Essa semana uma criança de 11 anos furou o pé numa dessas estruturas. Mas a situação é tão grave que se alguém cair numa dessas estruturas, já que algumas delas são altas, pode se ferir de forma letal", alerta a vereadora.
"O abandono nas obras geram três problemas. O primeiro é a segurança física dos estudantes. A segunda é a falta da estrutura para atividades esportivas e culturais, já que com o sol quente tem impedido essas práticas. Um aluno chegou a ter bolhas no pé recentemente por causa da quadra sem cobertura. Na escola Araporã, uma criança de seis anos se feriu nessas obras paralisadas há dois anos. O terceiro problema é o destino de recursos públicos, que teriam que ser utilizados nas obras e não se sabe onde foram parar", denuncia. Outra grave situação é que a Prefeitura construiu nessas quadras estruturas de alvenaria, que seriam vestiários e que estão desabando. "Os tijolos estão caindo e o temor é que atinjam alguma criança. A Prefeitura precisa dar respostas urgentes para a comunidade escolar"
Nas escola Tengatuí Marangatu, salas de aula que deveriam ter em torno de 30 alunos, chegam a ter 45. Não há ventiladores e no calor de Dourados com sensação térmica que as vezes chega a 40 graus, os estudantes correm risco de passar mal. "Até um tempo atrás tinham que ir para debaixo da árvore, em frente a escola", critica, observando que a comunidade aguarda a construção de três salas de aula, promessa da administração prevista em acordo judicial com o Ministério Público Federal e que não teria sido cumprida.
A vereadora está requerendo explicações para Prefeitura de Dourados. Também convocou uma reunião pública com o secretário de Educação de Dourados, Upiran Jorge Gonçalves. O evento está marcado para a próxima terça-feira (19), às 18h30, na Câmara Municipal. Segundo Daniela é de fundamental importância a presença dos alunos, professores, profissionais da educação em diversos setores e os pais.
Foto: Divulgação
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