Hora cívica marcou Semana da Pátria nas escolas de Dourados
Durante toda a semana, unidades escolares de Dourados participaram de atividades alusivas à Semana da Pátria....
Os pais de alunos poderiam muito bem ter sido poupados dos transtornos causados com essa manifestação, porque nossas relações com a categoria sempre primaram pelo diálogo, considera administração
O ranking da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), divulgado no dia 2 de abril deste ano, mostra que Dourados é um dos 36 municípios do Estado que cumprem a Lei 11.738 que instituiu o Piso Salarial nacional, fixado para 2018 pelo Ministério da Educação em R$ 2.455,35 para uma jornada de 40 horas semanais.
Por essas razões, a Prefeitura de Dourados recebeu, com estranheza, manifesto realizado nesta terça-feira (19) por um grupo de professores da Rede Municipal de Ensino, reclamando reajuste de salários, diante da informação, confirmada pelos secretários de Educação, Upiran Gonçalves e de Governo, Patrícia Bulcão de Lima, de que a categoria do Magistério terá reposição de 4,13% nos salários de junho, retroativo ao mês de abril.
O Piso nacional do magistério foi criado em 2008 e, desde dezembro do ano passado, os trabalhadores da Educação de Dourados estão recebendo os salários sempre acima do índice oficial. Os pais de alunos poderiam muito bem ter sido poupados dos transtornos causados com essa manifestação, porque nossas relações com a categoria sempre primaram pelo diálogo, considera administração.
Atualmente, em Dourados, um professor com curso superior, a maioria predominante nas unidades da área urbana, recebe R$ 4.588,95 pelas mesmas 40 horas pelas quais o MEC manda pagar R$ 2.455. Por 20 horas semanais trabalhadas, o menor salário no Município é de R$ 2.294,42, de acordo com levantamentos da Secretaria de Administração, contabilizada a reposição linear de 2,68% concedida a partir de abril.
Como o Piso Salarial nacional é exigido apenas para professores com Ensino Médio, o que sindicalistas da área da Educação de Dourados também não explicaram e nem informam durante os manifestos realizados na cidade, a Prefeitura lembra que, nesse caso, o menor salário praticado em relação aos profissionais da Educação Indígena e de algumas unidades rurais, está em R$ 2.982,75 (também maior que os R$ 2.455) por 40 horas semanais de jornada.
O Simted foi notificado na segunda-feira (18) das intenções do Município em manter canal permanente de negociações com o magistério e as demais categorias profissionais do servidor público, porém, mesmo assim, paralisou as atividades em parte das escolas da Rede nesta terça, gerando gastos e deslocamentos desnecessários às equipes administrativas e de apoio, além de fornecedores e colaboradores indiretos do sistema educacional.
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