Justiça considera ilegal greve dos professores em Dourados pelo segundo ano consecutivo
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Com decisão, categoria para as atividades parcialmente do dia 22 a 26 de maio e já afeta calendário de aulas
Ao que tudo indica professores e alunos terão que fazer novamente reposição de aulas no final do ano letivo, ou até mesmo no mês de janeiro de 2024 se for necessário. Nesta quarta-feira (17), o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhores em Educação de Dourados contrariou boa parte dos professores do município e declarou "Estado de Greve" dos dias 22 a 26 de maio. Com a decisão, o sindicato afirma que vai parar parcialmente as atividades.
O movimento é mais uma pressão do Sindicato, que decidiu ignorar o reajuste de quase 25% no salários dos professores nos últimos dois anos. Com a proposta de 6% de reajuste este ano, somado aos 18,86% do ano passado, os profissionais da educação conquistaram um reajuste equivalente a 1/4 do salário em apenas dois anos, aumento considerado inédito em Dourados se comparado com a média histórica.
Analisando os números do passado, os professores conquistaram nos últimos dois anos da gestão Alan Guedes os maiores reajustes em relação aos últimos oito anos. Avaliando o período de 2015 pra cá, o maior reajuste que a categoria havia conquista foi em 2016, com 5% de aumento.
Os números mostram que em 2015, 2017, 2020 e 2021 os profissionais não tiveram reajuste, ou seja, 0% de aumento. No caso de 2021 especificamente, a Lei Complementar 173/2020 que, no contexto da pandemia, ficou conhecida como Lei de Socorro aos Estados, proibiu o reajuste no salário de servidores federais, estaduais e municipais até 31 de dezembro de 2021.
Já nos anos de 2016, 2018 e 2019 os professores tiveram 5%, 2,68% e 4,38% de reajuste respectivamente. Ou seja, somando os três anos em que houve aumento não supera o índice concedido pela Prefeitura de Dourados em 2022.
Seja qual for a motivação, política ou não, ao declarar greve o sindicato ignora também boa parte, talvez a maioria, dos professores que não querem viver novamente um movimento grevista. A atual gestão não tem por hábito, compensar ou abonar faltas dos professores. O entendimento é que o aluno da Rede Municipal não pode ser prejudicado e por isso, caso a greve realmente aconteça, como no ano passado, as aulas terão que ser dadas nem que seja em dezembro ou janeiro do ano quem para o cumprimento do ano letivo.
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