Fui comprar peixe: Diz Laudir Munaretto após vazar vídeo de blitz sanitária em Itaporã

“Era só uma churrasqueira de tambor que meu filho estava levando”



O vereador e presidente da casa de leis de Dourados, Laudir Munaretto entrou em contato com a redação #DaGente e respondeu algumas perguntas. De primeiro, o vereador disse que era só uma churrasqueira de tambor que seu filho estaria levando, pois o mesmo havia locado.

Indagado sobre o fato de o filho estar levando uma churrasqueira ao suposto evento e o porquê então o parlamentar estaria no veículo, que inclusive pertence à empresa, Laudir Bufft, o vereador rebateu alegando que nossa reportagem parecia insistir em envolve-lo no caso. Porém, não foi esse veículo quem o envolveu e muito menos a empresa citada, mas sim, vários vídeos e fotos publicadas nas redes sociais das próprias pessoas que estavam no evento irregular, e postada em grupos de Dourados por uma outra empresária também do ramo de eventos, Mariza Ferreira, e nossa reportagem apenas gostaria de entender o caso para publicar a resposta legítima do parlamentar.

Após, o presidente da câmara de Dourados disse que foi ao município vizinho Itaporã, para comprar peixe, pois está fazendo restrição de carne, e que inclusive estaria triste não por ele, mas sim pelo envolvimento de uma empresa que construiu e que paga todos os impostos e que hoje não trabalha na mesma a mais de um ano e cinco meses. Mas a explicação por estar utilizando o veículo da empresa, foi mesmo apenas comprar peixe na cidade vizinha e não disse como retornou, já que segundo ele não foi, e se quer sabe onde aconteceu o evento.





Sem entender e ou com algumas dúvidas, nossa reportagem fez a seguinte pergunta: “Só para eu entender, você estava na saveiro, qual tinha uma churrasqueira que iria para Maracaju no evento, porém, você ficou em Itaporã para comprar peixe, é isso?” Sem dizer sim ou não, Laudir apenas finalizou a conversa com a seguinte frase:

“Eu fui comprar peixe pirarucu em Itaporã só isso da Mariza Deus vai cuidar dela também.”

Nota #DaGente: Em nenhum momento estamos insistindo em envolve-lo no caso, haja vista que, seu envolvimento foi realizado pelas próprias pessoas que estavam no evento clandestino. A Revista DaGente apenas está tornando público os questionamentos da sociedade, tendo em vista o momento em que estamos vivenciando, inclusive com o comercio local fechado e todas as empresas proibidas de funcionarem e até mesmo seus funcionários. Recebemos várias imagens, e indagações da população e de empresários do município de Dourados, Itaporã e até mesmo Maracaju. Se não podemos dar respostas à sociedade, qual papel é o da imprensa?

A Prefeitura de Maracaju informou em nota que todos serão penalizados, organizadores, convidados, empresas que prestaram serviços (buffet, decoração, músicos). Até mesmo quem não estava no momento da abordagem policial, mas, que seja comprovado por foto/vídeo, que estiveram na festa, responderão pelo ocorrido. O evento foi uma desobediência ao decreto municipal, que proíbe eventos e qualquer tipo de aglomeração.

“Todos os envolvidos serão multados, responderão de forma criminal e civil, por estarem na festa. As pessoas que estavam sem máscaras, responderão pela falta do uso da mesma”, texto a nota.

Até o momento a Prefeitura de Maracaju (MS) aplicou R$ 328.646,00 em multas devido à pandemia, às pessoas que marcaram presença no evento. Porém, sabe-se que outras pessoas também estiveram no local. Os fiscais estão identificando estes indivíduos e também as empresas que prestaram algum tipo de serviço. Todos os envolvidos que forem identificados, e seja comprovado a participação, responderão pelo ocorrido na forma da Lei existente.