Assistência Social ministra palestras de combate ao suicídio
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O deputado estadual Marçal Filho (PSDB) chama a atenção para a prevenção de casos de suicídio. A pandemia do novo coronavírus mudou a rotina das pessoas, trouxe desafios e incertezas, impactando ainda mais na saúde mental. "Esse assunto não pode continuar sendo tabu, precisamos falar", diz o deputado, que é coordenador da Frente Parlamentar de combate à depressão e ao suicídio na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
Dados da Rede Psicossocial da Secretaria de Estado de Saúde mostram que 263 pessoas morreram no ano passado em Mato Grosso do Sul por atentarem contra a própria vida. No mesmo período, 3.370 pacientes foram atendidos em unidades de saúde por tentativa de suicídio. No entanto, há muita subnotificação e os casos de tentativas de suicídio podem ser bem maiores.
Por muitos anos, falar sobre suicídio foi um tabu. Mas a abordagem do problema está mudando. "O silêncio é o que mata", diz Marçal Filho. "É importante reconhecer quando a pessoa precisa de ajuda", alertou. O deputado já participou de inúmeros debates sobre o tema e como coordenador da Frente Parlamentar de combate à depressão e ao suicídio tem desenvolvido trabalhos de prevenção. Ele é autor de lei que obriga o poder público a colocar em locais de grande circulação, cartazes com o número 188, do CVV (Centro de Valorização da Vida). Para este número as pessoas podem ligar gratuitamente e obter apoio emocional.
Também é autor de lei que prevê campanha permanente de informação, prevenção e combate à depressão em Mato Grosso do Sul. Como forma de aprimorar as políticas públicas sobre o assunto, Marçal Filho ainda tem Projeto de Lei que tramita na Assembleia Legislativa sobre a obrigatoriedade dos estabelecimentos de ensino e de saúde notificarem às autoridades públicas competentes sobre a prática de violência autoprovocada: automutilação e tentativa de suicídio. O Estado é o terceiro no ranking nacional em casos de suicídio.
Marçal Filho também tem defendido a presença de psicólogos e de assistentes sociais nas escolas. Ele já promoveu audiência pública na Assembleia com a presença de profissionais sobre o assunto e diz que continuará com ações que possam sensibilizar o poder público e privado a investir cada vez mais em ações que promovam a saúde mental.
Fenômeno complexo, o suicídio pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais e idades, porém pode ser prevenido. Saber reconhecer os sinais de alerta como isolamento ou sentimentos que a levam a expressar intenções suicidas pode ser o primeiro e mais importante passo. Ouvir a pessoa, oferecer apoio e incentivá-la a procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde são alternativas para salvar vidas.
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