
Audiência pública que aborda violência contra mulher acontece hoje na Câmara de Dourados
Acontece hoje (22) na Câmara de Dourados, a audiência pública "o que é ser mulher em Mato Grosso do Sul". A ab...
A Câmara Municipal de Dourados realiza nesta terça-feira (5) a audiência pública ‘Violência Obstétrica: uma dor que não pode ser silenciada’, a partir das 18h. O evento é uma proposição da vereadora Lia Nogueira (PSDB). Segundo a parlamentar, a discussão importante é para que se compreenda esse tipo de violência e seja possível desenvolver políticas públicas mais efetivas, na defesa do direito da mulher em um momento tão importante quanto é o da maternidade.
“Queremos trazer esse tema para perto da sociedade. Segundo pesquisas em nível nacional, de cada quatro mulheres no Brasil, pelo menos uma sofreu violência obstétrica. Nossa intenção também é que algumas mulheres possam se libertar de alguns rótulos do que seria ou não esse tipo de violência. A gente sabe, por exemplo, que Dourados tem a maior maternidade do SUS [Sistema Único de Saúde] do interior de Mato Grosso do Sul. E são vários os tipos de violência obstétrica”.
Lia destaca que quando começou a divulgação do evento ela e sua equipe receberam muitas denúncias com relatos de mulheres que sofreram em atendimentos em Dourados.
“Por isso é tão importante a gente trazer um tema como esse para a Câmara de Vereadores, que é a Casa do Povo, onde são debatidos os assuntos que mexem com o dia a dia da população. É a minha primeira Audiência Pública neste mandato e resolvi trazer um tema que envolvesse a questão de nós mulheres e dos nossos direitos, para que muitas sejam acolhidas e ações de humanização sejam adotadas em Dourados”.
Convidados
O evento é aberto ao público e terá a participação de duas convidadas palestrantes. Psicóloga e mestranda pela UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), Valdirene Alves de Lima Rigoni vai abordar como funciona o suporte da psicologia clínica com foco no atendimento às mães.
“Essa mãe muitas vezes se prepara muito para esse momento e acaba se vendo diante de coisas que não tem o poder de controlar, principalmente no serviço público, com profissionais que trazem todo esse desrespeito e não a deixam ser a protagonista da história dela. E a depender do tipo de violência e do histórico, a mulher pode desencadear um transtorno de estresse pós-traumático, uma depressão pós-parto e esses são flashes que ficam ali na cabeça dela por muito tempo. Porque essa violência não ocorre somente na hora do parto, ela pode acontecer durante a própria gestação e até no pós-parto”, explicou.
Valdirene é membro do grupo de pesquisa ‘Relação mãe-bebê: análise de influências de variáveis no desenvolvimento infantil’, também pela UFGD. Ela destacou ainda que esse tipo de discussão aberta é importante para que exista suporte para a mulher conseguir denunciar, o que hoje é uma dificuldade que potencializa ainda mais o trauma.
“Informar é essencial porque muitas por essa violência sem saber que passaram. A gente precisa falar sobre isso, porque a partir do momento que falamos, vamos criando alternativas para lidar com o tema. É importante que as pessoas tenham noção do que fazer, a quem procurar e quem vai ser o respaldo principalmente dessa mulher. Então temos que fortalecer esse aparato”.
A outra palestrante da noite é a graduanda em Psicologia pela UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), Fernanda Pinto. Ela atuou em Estágio Básico na área de Investigação e Intervenção da Saúde Materno Infantil, é doula (profissional de suporte emocional para gestantes) e também membro do grupo de pesquisa da universidade que trata da relação psicológica entre a mãe e o bebê.
“A mulher está em um momento muito vulnerável e em contato muitas vezes com uma equipe que nunca viu antes. Então ela não consegue ter a sua voz ou suas vontades atendidas e só vai compreender isso algum tempo depois. Muitas vezes somente em outro parto, em conversa com outras mulheres ou em alguma reportagem”.
Fernanda acredita que trazer para a discussão acadêmicos que, como ela, no futuro possam vir a ser profissionais da saúde na área obstétrica, é fundamental para que a prática desse tipo de violência seja coibida.
“Como estudante de Psicologia, o nosso papel pode ser em duas frentes. O primeiro é divulgar e empoderar a mulher em relação aos seus direitos. Para que ela vá ao trabalho de parto sabendo o que esperar e assim possa se defender ou pedir ajuda caso sua voz não seja ouvida. E no caso de a violência obstétrica ter acontecido, ser um profissional capacitado para acolher a dor dessa mulher, fazer uma escuta sem julgamento e dar voz a ela”.
Lei em vigor
No dia 21 de março, na 7ª Sessão Ordinária da Casa de Leis, foi aprovado por unanimidade em segunda discussão e votação, seguindo para sanção do Executivo, o Projeto de Lei nº 035/2022, de autoria da vereadora Lia Nogueira, que institui e inclui no Calendário Oficial de Eventos do Município a Semana de Combate a Violência Obstétrica, a ser comemorado anualmente na segunda semana do mês de março como forma de conscientização. A Lei já está em vigor.
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