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Extremamente raro, esse tipo de sangue é tão difícil de ser encontrado que, em 2017, um bebê colombiano foi salvo por um doador do Ceará. Entenda o que é esse sangue
Na novela “Bom Sucesso”, a personagem Gabriela (Giovanna Coimbra) vive um momento delicado. Por carregar um sangue muito raro em seu organismo, chamado fenótipo Bombaim, a menina encontra dificuldade de encontrar um doador compatível com ela.
Extremamente raro, esse tipo de sangue é tão difícil de ser encontrado que, em 2017, um bebê colombiano foi salvo por um doador do Ceará. Entenda o que é esse sangue:
Chamado também de “falso O”, fenótipo Bombaim é um dos tipos sanguíneos existentes.
Normalmente, quando se fala em tipos sanguíneos, são consideradas oito possibilidades - as variações positivas e negativas dos fenótipos A, B, AB e O. Porém, o hematologista Fabio Ribeiro Jansen Ferreira explica que, na verdade, existem mais de 50 tipos sanguíneos possíveis.
Para determiná-los, é preciso analisar o antígeno, proteína presente na membrana do glóbulo vermelho, presente no sangue. "Há diferentes antígenos no organismo, sendo que algumas pessoas podem ter ausência ou excesso de alguns", ressalta o hematologista Alfredo Mendrone Junior, membro do Comitê de Hemoterapia e Terapia Celular da Associação Brasileira de Hematologia.
No caso do fenótipo Bombaim, segundo informações do hospital Albert Einstein, a característica que o descreve é a ausência de antígenos A e B nas hemácias - detalhe que configura o fenótipo sanguíneo O.
Não à toa, o Bombaim é classificado como "sangue hh" (tipo O) quando a investigação básica da tipagem sanguínea não é realizada em hemocentros especializados.
Entretanto, devido à presença do anticorpo anti-h, testes de compatibilidade mostraram que o Bombaim se mostrou fortemente adverso a todos os doadores do grupo “O”, o que fez o Bombaim ser classificado como “falso O”.
O sangue Bombaim é extremamente raro, como mostra a novela. De acordo com Mendrone Junior, entre os caucasianos, o sangue aparece apenas uma a cada 150 mil pessoas; no sudeste asiático a frequência é maior: 1 a cada 10 mil pessoas. No Brasil, apenas 11 famílias carregam o fenótipo, segundo os registros.
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