A superqualificação da Geração Z e o impacto no mercado de trabalho
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No comércio, supermercados, atacadistas, serviços e até na indústria, empresários relatam que trabalhadores mais velhos têm mostrado maior responsabilidade, pontualidade e permanência nas funções, reduzindo o índice de faltas e a alta rotatividade.
Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Adelaido Vila, a decisão de priorizar os profissionais 60+ veio da necessidade prática.
“Estamos com milhares de vagas abertas e enfrentamos dificuldades para contratar. Muitos jovens não permanecem. Já os profissionais com mais de 60 anos chegam comprometidos, valorizam o emprego e ajudam a manter a estabilidade da equipe”, afirma.
Comprometimento x imediatismo
O mercado de trabalho brasileiro vive uma mudança silenciosa, mas profunda: cada vez mais empresas têm priorizado a contratação de profissionais com 60 anos ou mais, enquanto jovens da chamada Geração Z enfrentam mais dificuldades para se manter em vagas formais. O motivo não passa apenas pela experiência, mas por comportamento, compromisso e estabilidade.
Empresários apontam que a principal diferença entre gerações está na postura. Enquanto os trabalhadores mais experientes enxergam o emprego como uma oportunidade de pertencimento e dignidade, grande parte dos jovens busca flexibilidade, autonomia e rejeita rotinas rígidas.
A Geração Z — formada por pessoas nascidas entre 1997 e 2012 — tem optado por trabalhos informais, como motorista de aplicativo, entregas e serviços digitais, em vez de empregos fixos no comércio tradicional.
“Eles querem horários flexíveis, não gostam de trabalhar aos finais de semana e questionam regras. Já o pessoal 60+ aceita melhor a rotina do varejo”, relata um empresário do setor supermercadista.
Programas específicos para quem tem mais de 60
Empresas têm criado programas exclusivos para este público. Redes varejistas já realizam mutirões de contratação voltados para aposentados, com adaptações de jornada, treinamento específico e acompanhamento de saúde.
Um exemplo é a contratação de profissionais acima de 60 anos para funções de operador de caixa, repositor e atendimento ao cliente.
Para muitos deles, o retorno ao mercado de trabalho representa mais que renda: significa qualidade de vida e saúde emocional.
“Ficar em casa adoece. Aqui eu me sinto viva, útil e feliz”, relata uma operadora de caixa de 72 anos que atua em um supermercado da capital.
Jovens trocam carteira assinada por autonomia
Enquanto isso, os jovens seguem em busca de liberdade. Muitos deixam empregos formais para trabalhar com aplicativos, redes sociais, produção de conteúdo ou empreendedorismo digital.
Para especialistas em recursos humanos, o problema não está em “culpar” uma geração, mas entender uma mudança cultural profunda.
“A nova geração não aceita modelos rígidos. Ela quer propósito, equilíbrio e autonomia. Mas o mercado formal ainda não conseguiu se adaptar completamente a isso”, explica uma consultora de RH.
Impacto nas empresas e na economia
A preferência por profissionais mais velhos também se tornou uma estratégia de sobrevivência para o comércio. Com menos faltas e maior estabilidade, as empresas reduzem prejuízos com treinamentos, demissões e recontratações.
Já a dificuldade de retenção de jovens preocupa especialistas, que alertam para o risco de uma geração menos preparada para o mercado formal no futuro.
Novo perfil do trabalhador valorizado
O cenário atual revela um novo perfil valorizado pelas empresas: não é apenas a idade que conta, mas o compromisso, a constância e a responsabilidade.
Enquanto a Geração Z redesenha a forma de se relacionar com o trabalho, profissionais 60+ ganham protagonismo e mostram que experiência e maturidade se tornaram ativos preciosos para o mercado.
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