Chuva de estrelas cadentes será esta noite
Torça pra fazer tempo bom onde você está porque esta noite teremos uma chuva de estrelas cadentes. São aos met...
Uma empresa japonesa está desenvolvendo uma tecnologia que pode tornar a “chuva de estrelas cadentes” um espetáculo constante.
A ideia é lançar meteoritos artificiais na atmosfera a partir de um satélite particular.
E isso faz sentido já que as estrelas cadentes são o resultado de pequenos meteoritos que atingem a atmosfera terrestre e proporcionam um fenômeno luminoso. (vídeo abaixo)
Ver uma ou outra não é tão raro. Mas uma “chuva” delas, sim, e isso é possível apenas em algumas partes específicas do globo.
O plano da ALE é que essas estrelas cadentes não-naturais possam ser encomendadas para iluminar o céu em eventos específicos.
A pompa custaria US$ 8.100, cerca de 33 mil reais por meteorito (ou estrela cadente).
A previsão é que o projeto, batizado de Sky Canvas, algo como tela celestial, seja lançado em 2018.
Especula-se que o espetáculo esteja na abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.
Até lá, a empresa precisa da aprovação do governo japonês para lançar o satélite em órbita, além de se certificar de que não comprometerá de nenhuma forma o ambiente espacial – como, por exemplo, entrar em rota de colisão com outros satélites e escombros já existentes no espaço.
Todo ano, dezenas de satélites e espaçonaves são lançados em órbita.
Alguns falham ao chegar lá e ficam à deriva no “cemitério” do espaço, centenas de milhares de quilômetros acima da Terra.
Muitos deles têm o potencial de danificar a Estação Espacial Internacional, por exemplo.
Por isso, alguns especialistas são contrários à ideia de se criar cometas artificiais.
Como funciona
O pequeno satélite será produzido pela empresa também japonesa Axelspace e terá a dimensão aproximada de um cubo de 50 cm e 50 Kg de peso.
O corpo será equipado com ferramentas de comunicação e controle, um sistema de lançamento de projéteis e cerca de mil microestrelas artificiais de alguns milímetros de diâmetro.
O satélite voará em uma órbita heliossíncrona, ou seja, viajando em um trajeto fixo do polo norte ao sul e vice-versa, movendo-se a 7,8 km por segundo. Cada órbita leva em média 90 minutos.
Conforme a Terra gira em torno de seu próprio eixo, o satélite passará sobre diversas regiões a cada volta, fazendo um contorno no planeta que pode ser comparado ao desenho dos gomos de uma mexerica.
Do chão, será possível controlar em que momento e ponto deve ser lançada a chuva de meteoros, além de quantas estrelas serão despejadas. Ao adentrarem a atmosfera, a fricção e contato com o oxigênio fará com que queimem, criando o risco luminoso no céu.
Como um requinte dado a um espetáculo natural recriado artificialmente, as estrelas queimarão mais devagar e em cores diferentes, graças a uma receita química que envolve elementos como lítio, potássio, cálcio e bário.
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