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O Facebook e o Twitter suspenderam mais de 900 perfis suspeitos de integrarem uma campanha de “manipulação” e disseminação de notícias falsas, em vista das eleições de meio de mandato nos Estados Unidos, marcadas para 6 de novembro.
A rede social de Mark Zuckerberg foi a primeira a se posicionar, anunciando o cancelamento de 652 perfis, grupos e páginas considerados “falsos”. Muitas dessas contas tinham origem no Irã e na Rússia, adversários dos EUA no cenário internacional.
O Facebook atribui a essas páginas uma “conduta não autêntica coordenada” para compartilhar material de caráter político. A empresa, no entanto, diz ainda não ter concluído a análise do material suspeito e não divulgou qual o teor do conteúdo disseminado.
Por outro lado, já informou os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido e os departamentos norte-americanos de Estado e do Tesouro, por conta das sanções vigentes contra o Irã. “Há muita coisa que ainda não sabemos”, reconheceu Zuckerberg.
Um dos grupos atingidos é o “Liberty Front Press”, ligado a diversas contas no Facebook e no Instagram que totalizam cerca de 155 mil seguidores. O grupo teria sua origem em veículos de imprensa oficiais iranianos e havia sido criado em 2013. Embora diga que, aparentemente, o objetivo não era influenciar nas eleições de 2018 nos EUA, a rede social afirma que não é possível excluir essa hipótese.
Já o Twitter suspendeu 284 perfis suspeitos de “manipulação coordenada”, muitos dos quais originados no Irã.
Influência – As ações chegam na esteira do escândalo Cambridge Analytica, consultoria britânica que obteve indevidamente dados de milhões de usuários do Facebook nos Estados Unidos e gerou uma crise de credibilidade na rede social.
Uma das clientes da consultoria era a campanha de Donald Trump, que tem alguns de seus integrantes investigados por suspeita de conluio com a Rússia para influenciar o resultado das eleições presidenciais de 2016. (ANSA)
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