Com umidade do ar crítica, clima sul-mato-grossense se assemelha ao deserto

Mato Grosso do Sul enfrenta cenário crítico de seca e baixa umidade do ar, sem previsão de chuvas para a semana. O monitoramento indica que a umidade do ar está em situação preocupante, variando entre 15% e 30%. Algumas cidades já alcançaram níveis de umidade típicos de áreas desérticas.

O Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec) destaca a considerável amplitude térmica no estado, com grandes diferenças entre as temperaturas máximas e mínimas registradas em um mesmo dia. Exemplo disso é Maracaju, que teve uma mínima de 12,2°C e uma máxima de 32°C, apresentando uma amplitude de 19,8°C.

Porto Murtinho lidera a lista das cidades com menor umidade do ar, com apenas 17%. Em seguida, estão Sidrolândia (19%), Sonora (21%), Costa Rica (21%), Coxim (22%), Três Lagoas (22%), Dourados (24%), Aquidauana (24%), Campo Grande (25%), Angélica (26%), Ivinhema (26%), Água Clara (26%) e Amambai (27%).

Mato Grosso do Sul já enfrenta um período de 46 dias sem chuvas significativas. O último registro relevante de precipitação foi de 105,6 mm, entre 12 e 15 de junho. Algumas cidades tiveram ocorrência de chuvas nos últimos dias, mas em volumes baixos.

O prognóstico indica que uma alta pressão atmosférica predominante resultará em tempo quente e seco, inibindo a formação de nuvens de chuva e não oferecendo perspectivas de precipitação ao longo da semana. As temperaturas continuarão elevadas, podendo atingir até 36°C.

Com as condições meteorológicas favoráveis ao tempo quente e seco, os índices de umidade relativa do ar ficarão ainda mais baixos, variando entre 10% e 30%. Essa situação representa riscos à saúde e aumenta a preocupação com incêndios florestais em todo o estado. As autoridades recomendam cautela e medidas preventivas para minimizar os efeitos negativos dessa condição climática.